De repente um farol no horizonte.
- É a salvação do dia – pensa a menina de lábios vermelhos, cabelos despenteados e olhos fundos.
Num instante, o caminhão para.
Uma ajeitadinha no cabelo e ela se aproxima, com um sorriso de quem pode ganhar o dia e um olhar triste de quem pode ter uma noite difícil.
- Você gosta de balas, coisinha linda? Pergunta o motorista, um senhor calvo e quase sem dentes.
Ela não hesita e entra no caminhão.
Poderia ter ficado. Mas não. Ela sabe o quanto esperou por estes faróis e sabe mais ainda do sofrimento da sua mãe para conseguir comprar um simples punhado de balas para seus irmãos.
Poderia ter um emprego e não precisar passar por isso. Mas como? Ela tem apenas 12 anos, mal sabe escrever o próprio nome, que por sinal é Sandra, já que nem ela vai falar e nem o motorista está interessado em saber.
Bia Calai
- É a salvação do dia – pensa a menina de lábios vermelhos, cabelos despenteados e olhos fundos.
Num instante, o caminhão para.
Uma ajeitadinha no cabelo e ela se aproxima, com um sorriso de quem pode ganhar o dia e um olhar triste de quem pode ter uma noite difícil.
- Você gosta de balas, coisinha linda? Pergunta o motorista, um senhor calvo e quase sem dentes.
Ela não hesita e entra no caminhão.
Poderia ter ficado. Mas não. Ela sabe o quanto esperou por estes faróis e sabe mais ainda do sofrimento da sua mãe para conseguir comprar um simples punhado de balas para seus irmãos.
Poderia ter um emprego e não precisar passar por isso. Mas como? Ela tem apenas 12 anos, mal sabe escrever o próprio nome, que por sinal é Sandra, já que nem ela vai falar e nem o motorista está interessado em saber.
Bia Calai
Emocionante, vi neste texto um curta-metragem passando em takes de realidade. O dom da palavra é saber emocionar,deixar uma marca, imprimir a mensagem,parabéns!!!!
ResponderExcluirNussa bia...muito bom o texto. Tocante. Parabéns!
ResponderExcluirotimo texto bia....
ResponderExcluirparabens